sábado, 24 de maio de 2014

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X-Men - Dias de um Futuro Esquecido | Crítica

X-Men é conhecida por ser a série de super-heróis com a cronologia mais confusa no cinema. Três filmes principais, mais um prelúdio e dois longas de Wolverine foram produzidos com incoerências entre eles grandes demais pra listar. O primeiro X-Men era parte da primeira leva de filmes de super-heróis, afinal, quando a preocupação ainda era se colantes funcionariam para o grande público ou não. Nem passava pela cabeça dos executivos a questão da criação de um universo coeso para super-heróis nas telas. Quatorze anos depois de Wolverine ter desembainhado as garras pela primeira vez no cinema, o momento é completamente distinto: os colantes funcionaram - e muito! - e o público quer algo mais do que a tradicional trilogia de filmes que foi a regra tanto tempo. Mas como tornar a salada super-heroica de X-Men algo coerente outra vez? A resposta é clara para qualquer nerd: viagem no tempo! Uma pequena mudança no passado e você tem uma desculpa para apertar o botão de reset e recomeçar sem amarras. Melhor ainda... os mutantes têm nos quadrinhos uma das melhores histórias de viagem no tempo já criadas, Dias de um Futuro Esquecido, que inspirou até James Cameron e seu Exterminador do Futuro. O sétimo filme dos filhos do átomo, X-Men - Dias de um Futuro Esquecido pega a premissa básica da história em quadrinhos e a adapta à realidade confusa da franquia cinematográfica. Na trama, depois do assassinato de um industrialista das armas, Bolivar Trask (Peter Dinklage), o governo dos EUA aprova a criação de um exército de robôs caçadores de mutantes, os Sentinelas. No futuro desolado, uma pequena célula de X-Men resiste à ameaça e cria um plano para salvar sua raça: enviar a consciência de Wolverine (Hugh Jackman) de volta aos anos 70 para impedir o evento, mudando o rumo da história. Duas gerações de X-Men (a clássica e a de X-Men: Primeira Classe) são reunidas nesses dois momentos temporais, juntando elencos (há até uma cena com Patrick Stewart e James McAvoy, os dois professores Xavier) e ignorando os eventos que seriam inexplicáveis mesmo com toda a criatividade dos roteiristas (como as cenas pós-créditos de X-Men 3 e X-Men: Origens - Wolverine, ignoradas aqui). Sobram explicações e teorias para justificar tudo isso e o resultado é decente, ainda que não sobreviva a qualquer escrutínio de mais de 30 segundos. A ambientação setentista começa bastante divertida, com referências de thrillers e filmes de assalto da época, no melhor estilo exploitation, com músicas bem selecionadas e dando um ar despretensioso à aventura. Mas ao final, o que melhor funciona em X-Men - Dias de um Futuro Esquecido é o que nunca deixou de funcionar nos quadrinhos - mesmo nas piores fases -, as interações entre os personagens e as cenas de ação. De volta à cadeira do diretor que desocupou depois de X-Men 2, Bryan Singer sabe como coordenar um falatório e extrair bons momentos do ótimo elenco. Já o combate - especialmente o do futuro - prende a atenção especialmente por apresentar mutantes cultuados, como Blink (Fan Bingbing), Mancha Solar (Adam Canto), Bishop (Omar Sy) e Apache (Booboo Stewart); e coreografar poderes e habilidades em painéis dignos das páginas da Marvel. Já o velocista Mercúrio (Evan Peters) surpreendentemente rouba a cena em uma das sequências mais inspiradas do longa. Apesar do esforço, porém, a Fox repete os mesmos erros do passado. Diferente do brilhante Primeira Classe, que priorizava uma excelente história para aproveitar devidamente o elenco, X-Men - Dias de um Futuro Esquecido está muito mais preocupado com a limpeza narrativa que a trama proporciona. O filme parece mais uma desculpa para aposentar o elenco antigo e trazer novos atores à franquia, aproveitando o núcleo de Michael Fassbender (o Magneto), Jennifer Lawrence (a Mística, em versão com maquiagem simplificadíssima) e McAvoy, do que uma aventura à altura dos 50 anos de história dos mutantes. Além disso, a necessidade de reviravoltas desnecessárias engessa mais uma vez a franquia. Mostrar o futuro corrigido era mesmo necessário já que a nova fase nem começou e já conhecemos seu final? A cena pós-créditos não poderia ter alguma relação efetiva com o que vimos? E pior... A cena conclusiva, que até colocaria o trem de volta aos trilhos, no intuito de dar um momento "pegadinha" para o público, volta a mostrar que os produtores não têm a menor ideia do que fazer a seguir. São coisas assim que dificultam a unidade da franquia, prenunciando mais uma fase de confusão nos X-Men das telas. Certas coisas nem viagem no tempo corrige, aparentemente.

Supernatural - 9ª Temporada | Crítica

Com o foco nos segredos e mentiras entre Dean e Sam, os irmãos mais brigaram do que trabalharam juntos neste ano
Quando uma série passa de um certo número de temporadas, nada mais normal do que encontrar pelo caminho fãs que a defendem com unhas e dentes, além daqueles que simplesmente deixam de acompanhá-la. Com Supernatural não poderia ser diferente. Uma série que conseguiu levar cinco temporadas com um roteiro cheio de tramas e o melhor da ação e suspense, perdeu alguns espectadores entre o sexto e oitavo ano, sob alegações de que estava em um ritmo estranho e enrolado. Neste último ano, porém, a série parece ter recuperado o antigo fôlego graças a nomes como Greg Berlanti e Marc Guggenheim, que voltaram a assumir o roteiro. O nono ano começa com os irmãos Winchester sofrendo as consequências das ações que executaram do final de temporada anterior - ou seja, Dean (Jensen Ackles) tendo que salvar a vida de Sam (Jared Padalecki) a qualquer custo por conta das provações que o corpo do mais novo sofreu ao mandar definitivamente todos os demônios para o inferno. Por outro lado, suas ações resultaram na expulsão de todos os anjos do paraíso, seguindo o plano de Metatron (Curtis Armstrong), que usou Dean, Sam e Castiel (Misha Collins) para que ele pudesse reinar no céu. A temática da temporada foi justamente essa: os anjos caídos tendo que levar vidas humanas e, ao mesmo tempo, tentando achar uma forma de voltar ao paraíso. Ainda com o foco nos segredos e mentiras entre Dean e Sam, este foi um ano em que os irmãos mais brigaram do que trabalharam juntos - um dramalhão digno de novela mexicana. Para salvar o irmão da morte, Dean até permitiu que um anjo incorporasse o corpo de Sam secretamente. A trama principal envolvia um curioso quarteto - ​Dean, Sam, o anjo Castiel e o Rei dos Demônios Crowley (Mark Sheppard) ​- trabalhando para evitar que a nova comandante das trevas, Abaddon (Alaina Huffman), liberasse a saída de todos os demônios do inferno. O time também buscava pistas sobre o paradeiro de Metatron para devolver os anjos ao céu (criaturas celestiais que você não gostaria de ter como seus anjos da guarda). Paralelamente, a série exibia os seus já característicos episódios isolados. Um ponto alto, além das clássicas histórias envolvendo lendas urbanas, assassinatos e muitos mistérios que só os irmãos Winchester poderiam resolver, foi o retorno dos Ghostfacers, mostrando a maturidade do grupo de adolescentes que filmava casos sobrenaturais ao melhor estilo Bruxa de Blair. Outro destaque foi o episódio que fez referência ao Mágico de Oz, com mais uma participação de Felicia Day. Voltando à trama principal, na segunda metade do nono ano vimos Castiel novamente como um verdadeiro membro do elenco regular. As tramas centradas no personagem criaram outro objetivo para os protagonistas. Os anjos se dividiram entre os apoiadores de Castiel e Metaron; Dean, com marca de Cain se tornou o único humano capaz de controlar a arma chamada de "primeira lâmina". Ou seja, somente ela seria capaz de matar Abaddon, Metatron e qualquer outra criatura sobrenatural de alto escalão. Esse chamariz remete ao drama do vício de Sam em sangue de demônio: os limites entre o bem e o mal. Foi justamente o que Dean sofreu na reta final. O mais velho dos Winchester já tinha tendências a anti​-herói, mas após obter marca de Cain, não sabíamos mais se Dean estava agindo como herói ou vilão. Essa estratégia dos roteiristas ajudou a desenvolver outros lados do personagem e criou algo a mais para o próximo ano. Supernatural sempre soube deixar um gancho forte para segurar os fãs para a próxima temporada e este episódio final não foi diferente: com uma suposta morte, a explicação de Crowley para os principais fatos ocorridos na trama e a mudança de um dos protagonistas para o lado negro da força. A nona temporada de Supernatural (que garantiu uma renovação por volta do décimo episódio e quase ganhou uma série derivada), evoluiu muito em relação a anterior. A oitava temporada construiu um caminho para que o desenvolvimento da trama ganhasse o clímax na atual. O corre­corre de Sam e Dean em busca das tábuas do céu e do inferno ganhou um sentido maior nesta temporada, porque só agora descobrimos que era a tábua angelical que garantia a vitória de Metatron (que pretendia ocupar o lugar de Deus no Paraíso). Alguns fãs podem torcer o nariz a cada vez que a série é renovada por medo dos roteiristas não terem mais o que fazer. Porém, como um programa que seguiu na insistência por tanto tempo, Supernatural merece ser elogiada por suas tramas bem construídas, boas referências à cultura pop, diálogos engraçados, muita ação e monstros explodindo pelas mãos de Sam e Dean.

The Mentalist é renovada pela CBS

the-mentalist A CBS anunciou hoje a renovação de The Mentalist para a sétima temporada. Ainda não há informações quanto ao número de episódios, nem se o programa chegará ao fim no próximo ano - a sexta temporada teve baixa audiência. Enquanto isso, o canal cancelou outras cinco séries: The Crazy Ones, Friends With Better Lives, Hostages, Intelligence e Bad Teacher. O maior cancelamento é o de The Crazy Ones, que tinha no elenco Robin Williams e Sarah Michelle Gellar. Em março, o canal renovou as séries Elementary, The Good Wife, CSI, Hawaii Five-0, Blue Bloods, NCIS, NCIS: Los Angeles, Criminal Minds, Person of Interest, Two and a Half Men, 2 Broke Girls, Mom, The Millers, Mike & Molly, Undercover Boss e The Amazing Race.

Star Wars: Guerra Clônicas - A vingança começa

Começa hoje, dia 25 de abril, a segunda temporada de Star Wars: Guerra Clônicas, série premiada com o Emmy 2005, no canal a cabo Cartoon Network brasileiro. Batizada por aqui como A vingança começa, a nova seqüência de episódios dirigidos por Genndy Tartakovsky (Samurai Jack) tem como maior novidade o novo formato dos episódios. Se na primeira temporada a aventura foi dividida em 20 capítulos de 3 minutos cada (em média), a nova série chega reformulada, compactada em apenas 5 episódios de 12 minutos de duração. Assim, a nova aventura completa (5 x 12 minutos) é equivalente em duração aos 20 episódios originais (20 x 3 minutos), mas muito mais agradável, já que não existem as interrupções constantes do formato original. A trama da segunda temporada começa do ponto em que o vigésimo capítulo de Guerras clônicas terminou, com Yoda chocado com a destruição causada pelo General Grievous, que enfrentou um grupo de jedis em batalha. Temendo pela vida de seus companheiros, o diminuto mestre jedi envia um pelotão dos melhores clones, os ARC Troopers, para salvar os jedis remanescentes. Com a crise temporariamente controlada, chega a hora de decisões no Conselho Jedi. É tempo de mudanças e os Mestres concordam que chegou o momento de usar o Escolhido para tentar superar esses tempos desesperados. Assim, Anakin Skywalker torna-se Cavaleiro Jedi sem os ritos de passagem que testariam seu espírito. O resultado, como todos os fãs da saga já sabem, não será bem o que Yoda tinha em mente. Os capítulos 21 a 25 estão repletos de ação e preparam o terreno para Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith. Dentre as novidades estão as aparições de Wookies no planeta Kashyyk, a dramática batalha da jedi Shaak Ti contra as forças separatistas, Anakin - com novo visual e cada vez mais rebelde - empregando frases pelas quais será lembrado (na Trilogia Clássica), a revelação do plano de Darth Sidious a Grievous (durante uma sessão de treinamento do Assassino de Jedis pelo Conde Dookan) e muitos outros momentos memoráveis. Vale destacar, no entanto, a missão de Obi-Wan e Anakin a um planeta remoto, no qual os separatistas conduzem experiências buscando a fusão de seres orgânicos e máquinas. A tecnologia, claro, será empregada mais tarde no próprio jedi em sua conversão ao Lado Negro da Força. Os novos episódios estão ainda melhores e mais empolgantes que os 20 primeiros capítulos. Na verdade, a aventura pode ser comparada em termos de ação e emoção a qualquer um dos longas-metragens da franquia. Impossível imaginar alguém melhor para conduzir essa telessérie que Tartakovsky. Tudo o que Samurai Jack tinha de melhor, como a beleza plástica dos fundos pintados e da ação estilizada, aliado à cultuada mitologia criada por George Lucas resulta numa experiência animada memorável. O cineasta soltou Tartakovsky em seu quintal e a brincadeira resultante enche os olhos e garante a diversão como poucas.

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith | Crítica

Há 28 anos, o mundo achou estranho que um filme começasse com um longo texto amarelo explicando a história até ali. Mas a estranheza foi prontamente transformada em fascínio quando a primeira nave espacial cruzou a telona. Mais tarde, graças ao velho sábio Ben Kenobi, ficamos sabendo mais sobre esses eventos prévios. "Um jovem jedi chamado Darth Vader, que foi meu discípulo antes de se virar para o mal, ajudou o Império a perseguir e destruir os Cavaleiros Jedi. Agora os Jedi estão quase extintos. Vader foi seduzido pelo lado negro da Força". A frase, proferida por Sir Alec Guiness, sintetiza Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith e conta o final do filme quase três décadas antes dele ser produzido. Assim, sem surpresas, o capítulo derradeiro da nova trilogia de Star Wars se contenta em colocar as peças finais em um quebra-cabeça cuja imagem já é velha conhecida de todos. Não é saber como ele vai ficar que importa. A diversão aqui é conhecer o encaixe das peças. Enquanto os episódios I e II serviram para cimentar as bases da história, é o terceiro filme que traz as relações diretas com a Trilogia Clássica. É neste que vemos o nascimento de Darth Vader, a separação dos gêmeos Luke e Léia, a formação do Império Galáctico e o extermínio dos Jedis. É o longa que justifica a existência dos dois primeiros. Porém, de fato, apenas parte dele merece o mérito de "salvar a nova trilogia" (como se filmes com 1,5 bilhão de dólares somados em rendimentos só nas bilheterias necessitassem de salvamento). Quase 90 minutos do Episódio III não agregam nada à série. A ação, claro, é tecnicamente deslumbrante (outra vez), mas traz as mesmas batalhas CGI e diálogos sem alma dos outros novos filmes que tanto irritaram os fãs mais velhos. Dessas duras críticas, dá pra tirar uma lição. Os efeitos especiais não devem ser julgados pela sua técnica, mas pela maneira como ajudam a história a estimular a imaginação do público. O que vale mais? Um Yoda de borracha explicando de maneira quase poética a natureza da Força, esse conceito quase religioso, ou um saltitante mestre Jedi digital sem uma linha sequer de bom diálogo? O equilíbrio da Força Começando no exato ponto em que a telessérie animada Clone Wars (superior em narrativa e emoção à primeira metade de Sith) parou, o filme abre com uma gigantesca batalha espacial que serve de pano de fundo para a missão de resgate de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e seu mestre, Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), ao chanceler Palpatine (Ian McDiarmid). O político foi sequestrado pelo General Grievous, discípulo meio-alienígena meio-robô do Conde Dookan (Christopher Lee). A seqüência coloca em andamento eventos que, de fato, servem apenas para afastar Obi-Wan de Coruscant e deixar Anakin mais perto das tentadoras ofertas de poder oferecidas por Palpatine. Enquanto isso, lá vêm mais daquelas constrangedoras cenas de amor com diálogos ruins (o calcanhar de Aquiles de George Lucas como roteirista)... mas quando dá até pra começar a lamentar a triste sina da saga, os 45 minutos finais surgem como "aqueles que vão restaurar o equilíbrio da Força". Conforme o jovem Skywalker cede ao Lado Negro, a história ganha emoção. A tensão cresce e o quebra-cabeça vai ficando bonito. A cada peça, aumenta o nervosismo e o filme se revela como o mais selvagem e sombrio de toda a saga. A batalha no planeta de lava Mustafar é antológica e seu final, memorável. O momento em que o capacete negro de Darth Vader surge na tela - como nunca havia aparecido, por dentro - é daqueles de fazer parar de respirar. Felizmente, o próprio filme nos lembra que é hora de encher os pulmões novamente ao tocar pela "primeira vez" a cadenciada respiração do vilão (essa nós devemos ao genial designer de som Ben Burtt). Com esse final, Star Wars recupera a grandeza do passado e nos lembra dos motivos pelos quais a aventura espacial arraigou-se na cultura pop. Melhor ainda, traz uma relevância política à saga que, até então, não era tão facilmente enxergada. É que no Episódio III Lucas abusa das referências à política estadunidense de George Bush. Ele diz que não, que era apenas coincidência, mas trechos de discursos do atual presidente dos Estados Unidos estão lá, nos lábios do ex-chanceler agora imperador galáctico, Palpatine. "Você já se perguntou se não estamos do lado errado? Se a democracia pela qual lutamos já não existe mais?", quaestiona Padmé Amidala (Natalie Portman) a Anakin. Excelente. Enfim, 28 anos depois, caem finalmente as cortinas. Se a qualidade demonstrada na parte final de Episódio III tivesse aberto a nova trilogia, teríamos, sem dúvida, três novos clássicos nos cinemas. Mas se não dá pra voltar no tempo, pelo menos este capítulo final da cinessérie abrirá novas portas para a franquia. Depois da atração principal, o bis existirá na forma de seriados para a TV. E que a Força esteja conosco. O coração dos fãs não aguentaria um novo Jar Jar Binks...

Star Wars - Episódio II: Ataque dos Clones | Crítica

Fácil não é criticar Star Wars Episódio II - Ataque dos clones. Melhor do que trilogia original não é. Isso difícil ser. Quando George Lucas, o criador da saga, Guerra nas estrelas criou, outros eram os tempos. Produto não só de uma mente, mas também de uma época, os três filmes foram. Impossível a dose repetir. Deixando o dialeto Yodês de lado, vamos aos fatos. Muitos fãs sentiram que o Episódio I - Ameaça Fantasma ficou devendo. História ruim e pouco atrativa, um ator mirim constrangedor. Agora, é um grande alívio ver que Lucas voltou aos trilhos com sua franquia épica. Vinte e cinco anos depois do primeiro filme, a Força continua forte no cineasta. O roteiro está melhor amarrado e foram criadas personagens com maior relevância. Acredite, até o Jar Jar Binks (Ahmed Best) encontrou seu espaço na trama. Pena que são tantos e não há tempo para explorá-los todos. Claro que os diálogos continuam beirando a cafonice (e chafurdam nela nas cenas românticas), mas isso já virou característica da saga. Até mesmo as cenas de ação estão mais integradas com a história. São mais curtas, porém mais numerosas e importantes. Entretanto, o melhor mesmo é o cenário político. Palpatine (Ian McDiarmid), outrora senador (e futuro imperador), tornou-se chanceler supremo. Sua ascensão ao poder e a conseqüente ruína da república estão tomando forma. É um deleite observar as peças que faltam no quebra-cabeças de Star wars encaixarem-se aos poucos. Ataque dos clones também tem o mérito de recuperar o fascínio pelos mistérios da saga. Deixa de tentar explicar a composição científica da Força e coisas do tipo, e concentra-se nos motivos que levarão um dos jedis mais promissores da ordem a trair e aniquilar seus semelhantes. Aliás, Jake Lloyd, o garotinho de Ameaça fantasma, ficou no passado. Hayden Christensen, que interpreta o jovem Anakin Skywalker no filme, torna fácil acreditar que vai se transformar no temível Darth Vader. Seus motivos são fortes. Sua humanidade é visível, em contraste com a dos outros jedis, totalmente no controle de seus instintos e emoções. Fica claro que o mestre Yoda tinha razão em temer seu treinamento. Conexões a história estabelece Ataque dos clones começa dez anos depois dos eventos mostrados em Episódio I. A república encontra-se num período de turbulência. Ameaçada por um movimento separatista, liderado pelo misterioso Conde Dookan (o sempre competente Christopher Lee), ela teme uma guerra civil intergaláctica. Sua única esperança reside nos ombros dos combalidos cavaleiros jedi, cujo número é insuficiente para um conflito em larga escala. Esses acontecimentos, controlados por uma força extremamente poderosa e ainda desconhecida, levarão ao início da Guerra dos clones e iniciarão o processo que culminará no fim da república. Para combater a potencial ameaça, o chanceler supremo Palpatine, cada vez com mais pinta de político brasileiro, autoriza a criação de um exército para ajudar os jedi e garante ao senado que devolverá o poder assim que a crise passar. Para votar contra a criação de tal exército, a senadora Padmé Amidala (Natalie Portman) dirige-se a Coruscant, o coração da república. No entanto, assim que chega ao planeta, sofre um atentado. Preocupado, o conselho jedi ordena que ela seja levada de volta a seu planeta natal. Seu acompanhante será o jedi padawan (aprendiz) Anakin Skywalker, que nutre, em segredo, sentimentos pela bela moça há uma década. A partir daí, duas tramas paralelas se desenrolam. Uma mostrando o amor proibido que nasce entre Anakin e Padmé e sua posterior viagem à Tatooine, de extrema relevância para seu futuro. A outra traz Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), o mestre de Anakin, em investigação para descobrir quem está por trás da tentativa de assassinato da senadora. A convergência entre as duas tramas explode em um batalha espetacular no planeta Geonosis, envolvendo dezenas de jedis, centenas de andróides, monstros gigantes e milhares de soldados. Em jogo, o destino da república. Pelo menos, é o que parece... Técnico primor Entretanto, como já era esperado, é mesmo nos recursos técnicos que se esmera Ataque dos clones. Tal qual em Ameaça fantasma, os efeitos especiais são absolutamente fantásticos e incomodam em pouquíssimos momentos. A trilha sonora, novamente criada e orquestrada pelo lendário compositor John Williams, repete e mistura temas de todos os outros filmes, modificando e incorporando-os às novas seqüências. Escutar a Marcha imperial, o tema de Darth Vader, durante as fortes cenas que mostram Anakin sucumbindo pela primeira vez ao lado negro, já vale o ingresso.
O filme também estabelece inúmeras novas relações entre todos os filmes da saga. A continuidade jamais é deixada de lado. Como exemplo, podemos citar a fazenda da família Lars, vista pela primeira vez em Episódio IV, que é mostrada bem mais nova em Ataque dos clones. O desenho original da Estrela da morte também aparece sendo estudado pelos conspiradores, bem como as naves, que já começam a se parecer mais com as que conhecemos da trilogia original. Essa preocupação é evidente até mesmo no figurino e maquiagem. Palpatine está mais pálido e magro, a caminho de se tornar o decrépito imperador de O retorno de jedi. Amidala veste roupas e tem cabelos muito semelhantes aos que sua filha Léia (Carrie Fischer) usará em Uma nova esperança e assim por diante. Ataque dos clones também traz algumas similaridades com O império contra-ataca, o melhor filme de toda a saga. Porém, nem de longe obtém a mesma dramaticidade. Ambos possuem romances em seus roteiros e são mais sombrios do que seus antecessores. Os dois também terminam com muitas dúvidas e pontas soltas. Todavia, ao contrário de Império, o Episódio II abre caminho para o filme que pode vir a ser um dos melhores de toda hexalogia, o Episódio III. Imagine só... no terceiro filme da primeira trilogia, Lucas terá que mostrar o fatídico destino da ordem dos cavaleiros jedi e sua extinção nas mãos de Darth Vader, outrora um de seus mais brilhantes aprendizes. Também veremos o combate entre Anakin e Obi-Wan, que terminará com o segundo destinado a usar, para o resto de sua vida, a armadura negra. Também veremos o exílio forçado de Obi-Wan e Yoda nos confins do universo. Lucas também terá que lidar com a dor da separação de Padmé de um de seus filhos e o triunfo do mal, do lado negro da força, revelado finalmente no imperador Palpatine. É ou não é motivo para esperar ansioso até 2005? Se Lucas pelo menos deixasse outra pessoa cuidar da direção, ficando em sua especialidade - efeitos especiais e produção -, tenho a impressão de que o filme seria um dos maiores da história de Hollywood. Para o final o melhor fica Voltando ao Yodês... para o final, o melhor guardei. Caso de mais algum motivo para assistir ao Star Wars - Episódio II: O ataque dos clones você precise, servir este deve. Lutar, Yoda decide. O mestre jedi diminuto, depois de raios e demonstrações de seu poder mental trocar, o sabre de luz desembainha e um espetáculo garante. Agora, se a idéia a você não empolga, talvez Star wars a sua praia não seja.... ;-)

Star Wars

Star Wars | 35 anos de fascínio
Em maio de 1977 chegava aos cinemas dos EUA Star Wars, primeiro filme de uma hexalogia bilionária nos cinemas que rendeu ao seu criador, George Lucas, enorme prestígio e um império em produtos licenciados. Desde o início, mais que uma visão criativa de um universo conciso e povoado por estranhos e fascinantes seres, o cineasta prezou por uma abordagem diferente da comercialização do filme - conseguindo ficar com os direitos sobre merchandising de sua obra, o que o tornou um dos homens mais poderosos da indústria do entretenimento -, decretando a morte da Velha Hollywood e seu formato vigente de negócios. George Lucas frequentou a University of Southern California, onde ficou amigo de outro sonhador, Francis Ford Coppola, e começou a ganhar pequenos prêmios com seus curtas. Depois, aceitou um estágio na Warner Brothers e convenceu a empresa, auxiliado por Coppola, a assinar um contrato para que o estagiário transformasse seu curta THX em um longa-metragem. Mas a Warner odiou o resultado, exigindo que o dinheiro investido fosse devolvido e retalhando o filme para lançamento nos cinemas. Seu próximo projeto, também bastante cortado foi American Graffiti, comédia ambientada na década de 1950. Sucesso de público, o longa deu certo fôlego para que o cineasta tirasse do papel seu mais ambicioso projeto, uma ópera espacial inspirada nos seriados cinematográficos de Flash Gordon e Buck Rogers, Star Wars. O roteiro era imenso, inspirado pelas aulas do historiador Joseph Campbell, e Lucas optou por cortá-lo em três pedaços e realizar apenas o primeiro ato. Mas vender o projeto foi ainda mais difícil já que a idéia do filme era completamente equivocada para uma época em que filmes de guerra estavam em baixa, a ficção científica era considerada o pior gênero do momento e filmes para crianças - que seriam o principal público de Star Wars - não despertavam qualquer interesse nos executivos de Hollywood. De cara, a Universal e a Warner recusaram o filme, assim como a Fox teria feito, não fosse a intervenção de Alan Ladd Jr., chefe de recursos criativos da empresa, que apaixonou-se pela visão de Lucas (devidamente ilustrada pelas artes conceituais de John Barry) e convenceu a diretoria do estúdio a investir no filme. Os termos do acordo fizeram história: Lucas ficou com os direitos para uma seqüência (que ninguém acreditava que aconteceria) e também garantiu a propriedade de todo o merchandising que poderia ser derivado de sua criação. Com 8 milhões de dólares em mãos, Lucas começou o hercúleo trabalho de inventar o que não tinha condições de ser inventado. Com a crise dos filmes de ficção científica, todos os estúdios de efeitos especiais tinham falido e os departamentos das grandes empresas haviam sido fechados. Sem ter para quem apelar, o cineasta reuniu um time de talentos e criou seu próprio estúdio: a ILM - Industrial Light And Magic, hoje sinônimo de inacreditáveis efeitos visuais. A produção esbarrou em todos os problemas possíveis - estúdio descontente com o elenco, tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens, calor insuportável e cenários e figurinos que não funcionavam direito. O orçamento foi estourado e a Fox ameaçava cancelar toda a produção. Também não ajudava o fato de boa parte da equipe achar tudo aquilo que estava sendo rodado era totalmente ridículo. Finalmente, no dia 25 de maio de 1977, Star Wars (ainda sem o subtítulo Uma nova esperança) entrou em cartaz em apenas 32 cinemas nos Estados Unidos. O sucesso foi estrondoso. Todas as salas tiveram recordes de público, apesar da Fox não ter feito grandes investimentos em publicidade para o filme. A inteligente divulgação de Star Wars foi gerada pela própria Lucasfilm, que conseguiu convencer a editora Del Rey a lançar uma novelização oficial do filme quase seis meses antes de seu lançamento. O livro vendeu impressionantes 500 mil cópias, que criaram grande expectativa entre os compradores para o filme. Em apenas cinco semanas, Star Wars recuperou o investimento inicial, abrindo caminho para as continuações e garantindo 10 indicações ao Oscar 1978. Os icônicos personagens também despertaram o interesse do público em adquirir colecionáveis, bonequinhos e outros produtos, iniciando em escala os licenciamentos de merchandising que Lucas anteviu em seu contrato com a Fox. Aliviado, o diretor pôde começar a preparar os outros dois filmes de sua saga, agora totalmente financiados por um banco, sem qualquer intervenção do estúdio. Era uma época nova em Hollywood, com um cineasta tendo total controle sobre a sua criação.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Plantas de casas com 3 quartos fotos

Chegou a hora de construir? Se você esta pensando em dar inicio a sua obra, estamos aqui para te auxiliar nesta etapa tão complicada, por gerar diversas dúvidas em nossas cabeças, qual planta de casa escolher? Provavelmente você já esta decidido na quantidade de quartos que seu novo lar terá, se já pensou exatamente em quantos cômodos sua residencia vai possuir, ótimo, já esta bem adiantado e a escolha da planta ideal sera mais fácil, caso ao contrário fique tranquilo, vamos disponibilizar diversas fotos de plantas de casas com 3 quartos, para você escolher a qual mais te agradar. Aqui você também irá encontrar diversas plantas de casas com 3 quartos duplex, terrea, closet e até mesmo com piscina, apesar da quantidade de quartos já estarem definidas, precisamos saber onde ficará cada um deles, quantos terá suite, onde irá se localizar o banheiro, possivelmente no corredor entre dois quartos, quantidade de salas, e claro, o cantinho preferido principalmente das mulheres, a cozinha, que deve ser bem planejada e quem sabe até mesmo projetada uma cozinha americana. Com a vasta quantidade de plantas de casas com 3 quartos, você poderá escolher aquela que se encaixa mais com o seu gosto e o de sua família, de acordo com a quantidade de filhos ou de moradores da sua nova residencia. Uma preocupação grande também é com o espaço ao redor da casa, caso tenha espaço na frente da mesma, poderemos projetar um jardim com iluminação e com certeza a garagem coberta para seu veículo. Quanto ao fundo, se esta pensando em fazer uma piscina fique bem tranquilo, pois encontrará também plantas com piscinas, que juntamente está incluso a área de lazer para você reunir amigos e familiares quando bem entender, com churrasqueira e uma área coberta, se tratando de um terreno grande podemos escolher grandes plantas e bem completas, no caso de um terreno pequeno não precise se preocupar, há também plantas de casas com 3 quartos com quintais reduzidos. Agora cabe á você e quem for iniciar a obra juntamente a ti escolher aquela com qual mais vocês se identificaram, observe atentamente cada uma delas fornecidas abaixo, e escolha a planta de casa com 3 quartos apresentando assim a seu arquiteto, podendo fazer as devidas mudanças de acordo com seu tipo de terreno, necessidades ou seu gosto.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dicas de Paisagismo e jardinagem para sua casa.

Lindas roseiras de 2m de altura, trepadeiras forrando os muros da sua casa, sucos e sorvetes de acerola feitos da sua própria aceroleira… Todos sonhos possíveis, mas ainda um pouco distantes para o jardineiro iniciante. Antes de puxar o cartão de crédito da carteira e sair garimpando gigantescos cachepôs artesanais, antes de sair comprando vasos, sementes exóticas de limoeiros, plaquinhas decorativas e gnomos de porcelana; pare! Pare e pegue um papel e uma caneta. Há trabalho para se fazer antes do trabalho começar!O seu espaço Seja um quintal enorme e ensolarado, um corredor cimentado com pouca luz, uma varanda azulejada e um pouco úmida ou mesmo uma parede ou uma estante dentro de casa; esse espaço precisa ser planejado. Conhecer bem o lugar que você tem disponível te poupará de algumas possíveis dores de cabeça e um bocado de dinheiro! Não é tão incomum ver pessoas comprando balanços de varanda que são feitos para jardins de fazenda ou bancos de madeira que nem passarão na porta, mesmo que elas morem em um apartamento no centro de São Paulo com uma varanda de 3x2m²! Muitos de nós já nos animamos com uma ideia e esquecemos da lógica enquanto passávamos o cartão de crédito na máquina. Para cada lugar há um vaso, uma planta e uma necessidade específica. Em cada lugar há uma vantagem e uma desvantagem, e se você não quiser acabar com um monte de parafernália encostada em um canto da sua casa ou acabar perfurando um cano enorme de água no seu quintal: tenha um plano de ação! Então, papel e caneta na mão! Onde será o seu jardim? O seu tempo Você realmente quer o que você quer? A pergunta acima parece redundante, mas é uma pergunta que eu faço com bastante frequência. É mais do que comum, é rotineiro, nos pegarmos desejando uma novidade. Seja um produto novo no mercado, uma roupa que está na moda ou mesmo um hobby que tenhamos acabado de conhecer. Mas nem sempre nós estamos dispostos, realmente, a fazer tudo aquilo. A tirar o tempo necessário para aprender ou para manter a nossa nova “empreitada”. Se como a maioria das pessoas você tem trabalho, casa, filhos, e todos esses afazeres, cuidar de um jardim enorme, com plantas variadas e com necessidades variadas pode não ser a melhor opção para você. Poucas espécies de plantas, mais resistentes e autossuficientes, são opções mais viáveis e que farão do seu jardim um pequeno prazer e não mais um afazer. Agora, se você deseja que o seu jardim seja o seu recanto, um hobby diário: não tenha medo! Mescle plantas mais robustas com aquelas que precisam de constante atenção. A variedade é bem-vinda. Mas não se esqueça de que as plantas ainda precisam de cuidados quando você for viajar por quinze dias nas férias! Então pense bem, seja realista e anote aí no seu papel. Quanto tempo você está disposto a doar para o seu jardim? O seu orçamento Sementes ou mudas, terra, adubo, vasos para mudas e vasos fixos, ferramentas para jardinagem, suporte para o vaso – dependendo do local, etc. Mesmo nessa lista resumida, os itens não são poucos. Sim, a maioria deles é bem baratinho, o que é ótimo, mas sair comprando tudo o que te indicam sem saber se o seu, o seu, jardim realmente precisa, é um desperdício. Começar aos poucos, por um jardim pequeno, talvez uma planta por vez é o ideal quando ainda não temos a certeza de que poderemos arcar com esse novo projeto, seja com o nosso tempo ou mesmo financeiramente. Pesquise e vá com calma! Vasos simples comprados no atacado são mais em conta, e um ou dois vasos maiores e detalhados são o suficiente agora. Plantas regionais que se adaptam sem problemas na sua cidade são um investimento mais seguro do que aquela orquídea de R$1.000,00. Então, lá no papel: Quanto você vai gastar no seu jardim agora?

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